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Transtorno de Acumulação – Acumuladores x colecionadores

Por:digitalpixel
Sem categoria

16

jan 2020

Você já ouviu falar sobre o Transtorno de Acumulação? Trata-se de uma doença psiquiátrica incluída recentemente na nova edição do Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais, o DSM – 5.  Os sintomas principais  são coletar de forma intencional objetos ou até mesmo animais. Muitas vezes esses objetos não tem uma real utilidade, porém há um grande apego. Há dificuldades em desfazer-se dessas posses e, por consequência, problemas de organização associados ao ambiente de convívio e problemas sociais e familiares, visto que a doença causa um grande sofrimento não somente para o paciente em si, mas como a todos que convivem no entorno.

As pessoas acumuladoras possuem grande apego a esses objetos, e não conseguem simplesmente descartá-los ou doá-los. Muitas vezes gastam de forma indevida, comprando coisas  e acumulando-as em seu ambiente: muitas vezes diversos cômodos da casa são ocupados por objetos. Existem também acumuladores de bichos de estimação em residências, geralmente são movidos pela paixão aos animais ou pela compaixão deles em estado de abandono ou mal tratados. Muitas vezes são acumulados em locais insalubres e sem condições de abrigá-los.

Os transtornos de acumulação podem estar associados à comorbidades psiquiátricas como depressão, ansiedade e transtornos psiquiátricos.

Diferença colecionador x acumulador

No colecionismo há certo padrão de organização dos objetos, que podem ser coleções de selos, carrinhos, carros, borboletas, bonecos…  Já os acumuladores compulsivos são incapazes de organizar o seu espaço de convivência; na verdade, eles já não têm mais o controle para parar de adquirir tais objetos sem se desfazer dos antigos.

Tratamento

A psicoterapia é muito importante no tratamento, e em alguns casos pode ser realizada de forma domiciliar. O tratamento farmacoterápico é indicado para outros. Não se trata de um tratamento fácil, visto que não há consciência de morbidade presente nesses pacientes, que não se acham doentes. Muitas vezes, ficamos sabendo de um caso depois da morte do doente.

Os profissionais devem ter respeito com o paciente que está em processo de “desacumulação”, e confrontos devem ser evitados. Profissionais adequados devem ser acionados, visto que trata-se de um acompanhamento multidisciplinar.


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