Por:digitalpixel
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jan 2020
A gestação é uma fase bastante complexa na vida da mulher. As questões hormonais e sentimentos conflitantes da mãe frente à idéia de concepção podem desencadear diversos transtornos psiquiátricos no período reprodutivo, dentre eles a depressão, bastante comum nessa fase. Durante o período da gestação e no período posterior ao parto, a incidência de transtornos psíquicos é aumentada e atenção especial torna-se necessária.
A gestação e o puerpério (período que compreende entre 6 a 8 semanas após o parto) têm sido reconhecidos como período de vulnerabilidade para o agravamento de transtornos psiquiátricos prévios ou desencadeamento de novos quadros.
A Depressão Pós-Parto caracteriza-se por sintomas como falta de energia e motivação, perda do desejo sexual, choro fácil, aumento da irritabilidade, sono em excesso ou insônia, transtornos alimentares e sensação de incapacidade. Trata-se de um diagnóstico complexo, uma vez que devem ser excluídas as modificações comportamentais e fisiológicas da fase puerperal, que incluem aumento da fadiga, mudanças no peso corporal e aumento da insegurança. Outros fatores também devem ser considerados em um diagnóstico diferencial, como doenças endócrinas, luto e doenças neurológicas, por exemplo. Os diagnósticos da depressão gestacional e depressão pós-parto quando realizados tardiamente podem influenciar profundamente no desenvolvimento do recém-nascido. Torna-se importante acompanhar e tratar de forma próxima as pacientes que apresentam alterações de humor nessa fase.